domingo, 8 de maio de 2011

As palavras que o mar esqueceu

 
Sentado no António para um café
Imagino-te caminhando na rua inclinada
Vens graciosa para a praia a pé
Na esperança de seres abraçada.

Volto a delirar por alguém que apareça
Que me queira num beijo à beira praia
Ficarei de olhos fechados até que escureça
E limpo os pingos frescos na sua saia.

Aqui, onde escrevo o que quero ler
Sentado no bambu desta esplanada
Sonho que me vais aparecer
De sorriso de mulher amada.

Minha praia do beijo que era meu
Dos poemas nas tardes do trovador
As palavras que o mar esqueceu
Da lua que chora com o sonhador.

São Pedro, praia das noites de paixões
Das ruas que dizem de ti a cantar
De um passado das melhores recordações
Quando vinha aqui para sonhar.

3 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Divino como todos... dificil de comentar. Adorei.
Abraço

A. Jorge disse...

Concordo com a Flor de Jasmim. Sem comentários.

Um abraço

Jorge

oteudoceolhar disse...

Concordo e discordo com os comentários anteriores...
Difícil é não comentar, porque todos são divinais.
...

Fugia daqui em direcção á minha praia como tu foges em direcção á tua … o mundo é demasiado “medonho”, para fazermos parte dele … ainda bem que temos mundos nossos…Dizem que tenho um mundo "rosa" (que nem é a minha cor), nas palavras, nas imagens … Tou farta de todo o mundo que gira fora da minha “carapaça”.
É certo que todos queremos um abraço, todos queremos o amor…porquê então quando o temos ele nos foge das mãos e a olhos vistos?
Por vezes penso porque não lutas por Ela…para que ela estivesse aí sentada a saborear um Delta, contigo, para juntos caminharem pela praia…ao sabor da maré, ao sabor do vento, do esvoaçar das gaivotas.
A ilusão das tuas palavras é isso mesmo, ilusão, na pura utopia que é a vida … na vida, no mundo “medonho”, poucos são aqueles que lutam, que conjugam o verbo Amar…talvez por isso o poeta (que somos um pouco todos nós), sofra…o mundo é demasiado imperfeito para amores perfeitos…
Que caminhes sempre pela praia, não há como o mar para nos acompanhar, na agustia, na tristeza, na dor na doença …
A música continua a ser perfeita…ouve-se e torna-se a ouvir e a ouvir …(registo belo). Beijo n´oteudoceolhar *