segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Impaciência

Caía sobre mim a chuva impaciente
Estava fria e mexia-se pelo chão
Esperava comigo pelo teu presente
Sabíamos da tua promessa do coração.

Por entre chuviscos de sal eu olhava
A chuva de pingos que o mar trazia
Estava ali e por ti esperava
Eu e a saudade que sentia.

Fiquei todo o tempo para te ouvir
Do mar ouvia música de violinos
Parecia que o vento me fazia partir
À tua procura em vários destinos.

5 comentários:

vida de vidro disse...

Uma espera molhada de chuva e saudades. Gostei de ler. **

A. Jorge disse...

É sempre um privilégio ler poemas teus!

Um abraço

Jorge

EstrelaPolar disse...

E poder-se-ia continuar...
Qual gaivota sobrevoar as ondas do mar e sacudir os salpicos de sal, mergulhar de quando em vez, sentir a água fria na pele e ouvir os violinos nessa orquestra fenomenal, procurando o lugar prometido ou a promessa da presença desse "alguém".

Gostei muito.
Obrigada pela partilha.
Estrela Polar

Maria disse...

E o mar de inverno em cor cinza é tão bonito...
Belíssimo poema! Obrigada.

Nilson Barcelli disse...

Mesmo à chuva, há esperas que valem a pena.
Belo poema caro amigo, com óptimas rimas. Gostei imenso.
Abraço.