Cheguei cedo ou talvez fosse já tarde, bem, acho que não tenha sido capaz de descodificar o tempo onde me movia, sentei-me na pedra habitual, o mar estendia-se para além do horizonte, de repente, as correntes da maresia fluíam a minha alma, e os meus pensamentos partiam em mil destinos líquidos.
Numa inspiração intensa os pingos de mar que subiam ao rochedo invadiram o meu corpo e a minha mão molhada direccionou-se na procura do amparo sólido do teu abraço, do teu colo fiquei a olhar o mar e a espiar-lhe os tormentos, a adivinhar-lhe os desejos, a sentir o nós que em tela húmida de veludo reflectia uma lágrima.
Vim embora, deixei-te como sempre no mesmo sítio e trouxe o aroma do mar transbordante comigo, bebi mais um pouco da nossa essência, do penedo e da princesa e daquilo que somos juntos.
Foi só mais uma lágrima, amor, foram muitos mais os sorrisos.
O espelho nos devolve tudo.
Numa inspiração intensa os pingos de mar que subiam ao rochedo invadiram o meu corpo e a minha mão molhada direccionou-se na procura do amparo sólido do teu abraço, do teu colo fiquei a olhar o mar e a espiar-lhe os tormentos, a adivinhar-lhe os desejos, a sentir o nós que em tela húmida de veludo reflectia uma lágrima.
Vim embora, deixei-te como sempre no mesmo sítio e trouxe o aroma do mar transbordante comigo, bebi mais um pouco da nossa essência, do penedo e da princesa e daquilo que somos juntos.
Foi só mais uma lágrima, amor, foram muitos mais os sorrisos.
O espelho nos devolve tudo.
Um comentário:
Penedo da Saudade em S. P. Muel.
Sinto como se fosse eu a escrever estas palavras, não sei o que mais dizer António, por vezes nem é preciso dizer nada, deixo-te um sorriso.
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