terça-feira, 28 de junho de 2011

Nazaré


Aqui, escuto as minhas memórias
Olhando o mar na sua imensidão
Posso ficar a sentir este cheiro, horas
Que a tua presença está no meu coração.

As gaivotas passam num voo rasante
Bailam no vento na sua natureza
Como tu nos meus braços amante
Quando o amor era uma certeza.

Desde este banco recordo o teu olhar
Os teus olhos nos meus irmanados
Tal e qual como eu agora olho o mar
Nós o fazíamos como dois apaixonados.

O banco no seu alto fala ao mar de mim.
Na tristeza que guardo com serenidade
Aqui, posso dar ao amor o fim
E depois chorar de saudade.

2 comentários:

oteudoceolhar disse...

O Poeta escreveu, o Poeta divagou pelas palavras … Tu és o Poeta Juda.
Deu-me uma tremenda saudade do mar, tremenda, dessa imensidão de que falas…em quem mais confiar o nosso encanto e dor, a saudade senão a ele?
“Aqui, escuto as minhas memórias…”, também eu aqui tenho “escutado” um pouco (de algumas), das ditas memórias. Não divago, não deixo palavras e mais palavras, hoje não. Hoje serei simples…deixo-me estar apenas a contemplar o mar, sob o olhar atento das gaivotas…
Que a “lágrima” de hoje seja um sorriso no amanhã. Beijo n´oteudoceolhar*

Pequena Resmungona disse...

Bonito como tudo o que escreve. Continue...

"Julgar-se-ia bem mais correctamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa."

Victor Hugo