sábado, 2 de outubro de 2010

Ilha do Pessegueiro


Como quem procura olhei a fotografia
Durante algum tempo fiquei a olhar
Fui embora sem saber o que sentia
Sei que és amante do mar.

Agora não sei para quem escrevo
Estas palavras são a tua imagem
Desejo dar-te um abraço e um trevo
Na tua praia e a sua aragem.

Hoje, tenho o desejo de te ver
Podia ser junto à Ilha do Pessegueiro
Se quiseres vou a correr
Para na chegada ser o primeiro.

Não olhes o céu intrigante
Com olhos de Virgem Maria
Deixa-me sonhar tu amante
Do homem que olhou a fotografia.

Um comentário:

oteudoceolhar disse...

Simplesmente LINDO … É sem sombra de dúvida dos teus últimos poemas o que mais gosto (se é que é possível escolher). Talvez por olhar a fotografia, e sentir aquele que é um mundo meu, meu muito meu. É olhar a fotografia e mais do que na Tua Leirosa estar no meu Porto (de abrigo). O banquinho delicioso, a minha ilha imponente como sempre assim olho eu o meu Porto Côvo sempre aqui, sempre presente … É de olhar e tornar a olhar, há sentires que são muito nossos, há sentires que apenas quem sente, sente … Tu Leirosa, São Pedro, eu a Costa Vicentina em seu esplendor, na figura do meu pequenino e cada vez mais alterado Porto Côvo … são sentires muito próprios certo Juda? Vá-se lá entender, os anos vão passando tudo se transforma e no entanto o olhar é o mesmo, contemplativo, nostálgico e aquela saudade dos lugares…(nesta altura o mar começa a meter muito respeito, ao céu faltava-lhe cor, luz, mas que fazer se o olho e vejo sempre belo, parabéns á fotografa, e um obrigada, pedi e ela trouxe o banquinho direitinho ao meu olhar e coração). Beijo n´oteudoceolhar *