quarta-feira, 7 de outubro de 2009

As camas não falam

Há acordes de guitarra nesta noite de trovoada
A luz que ilumina o céu acorda os meus sentidos
A chuva tem a frescura das lágrimas da minha amada
Quando a felicidade a faz chorar entre gemidos.

A melodia que passa na noite trás á minha memória
Os passeios na areia da Leirosa junto ao mar
Eras tu a minha musa para fazer uma história
Se só comigo olhasses as gaivotas a voar.

Mulher minha amante de lábios de ternura
De corpo macio e cheiro a sentimento
Choramos os dois a minha amargura
E a tua cama chora o meu sofrimento.

Assim, guardo os dias que são hoje a saudade
Cinco sonhos de tantas noites da nossa paixão
Cerrados no meu peito não lhe darei liberdade
São os únicos das minhas lágrimas de emoção.

Esta noite florescem fantasias entre trovões
As nuvens deixam um perfume de bela flor
Sofro sozinho com as minhas recordações
O que tu não sofres pelo meu amor.

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Belíssimo!
Um abraço

oteudoceolhar disse...

(a música All I Ask Of You(reprise) - The Phantom of The Opera, porquê? Não sei....já corri o blog espero aquecer o olhar através das palavras para me inspirar e fazer como se diz o gosto ao dedo...apeteceu-me a música - esta, mas já vi algumas por aqui que vou de certo ouvir)... Também muitas são as minhas saudades de vos ver passear de mãos dadas na leirosa, de vos ver saborear o voou das gaivotas que sobrevoam o mar de água salgada, aquele cheiro de sal na vossa pele, aquele sal que alimenta o espírito a saudade. Por onde têm andado, ou será que fui eu que vos perdi de “vista”, eu que perdi a capacidade de vos encontrar aqui? Sim fui eu, ainda assim sei que vos venho encontrar sempre na saudade das palavras, no gosto do sentir, na ânsia do estar…Até da Tua dor Juda eu sentia saudade, porque em certa medida sofremos. Perdoa dizê-lo desta forma. Ando, andei e não sei porque quanto tempo mais andarei perdida (mudei a música – Julio Iglesias – Me olvide de vivir), porque tal como indica o Título da música também eu me esqueci de “viver”. Não direi que estou de volta, vou estando, neste momento estou aqui…e por aqui ficarei mais uns instantes, lendo o “meu” poeta Nostálgico de encandos e desencantos…eterno é o Juda e a sua escrita ( Julio Iglesias - El dia que me quieras).