domingo, 20 de janeiro de 2019

A cair nos braços um do outro


Começámos por brincar a cair nos braços um do outro, e ríamos sem nos apercebermos que estávamos a habituar as nossas almas à dor que era a separação próxima, sem hesitações, como se o céu nos fosse cair em cima, achámos que os nossos corações eram o motor da nossa vivência, eu ainda te disse que me doíam os braços as pernas e os lábios, e que, mesmo sendo o masculino, o cansaço estava a instalar-se no meu poço de medo, tu rias e caías uma e outra vez sobre o meu peito, à espera de acreditares apenas no que fosse mais imediato.

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