Hoje ela vai a um almoço logo ali ao lado num convite de um casal
amigo que festeja o noivado.
Enquanto o servem ele olha desprevenidamente pela vidraça e
surpreende-se com a mulher a entrar no Audi de um conhecido e o casal senta-se atrás. O automóvel arranca e ele vem até á porta para ver a direcção que
seguem, o restaurante era logo ali, foi o que ela lhe tinha dito, afinal deve ter havido uma alteração
de plano para o almoço, deduziu.
Não comeu nem bebeu o galão, ficou intranquilo, a saia que ela vestia tinha-a
comprado ele dias antes.
Não lhe pareceu normal, pensava, tentando encontrar uma justificação para o que tinha assistido.
Não lhe pareceu normal, pensava, tentando encontrar uma justificação para o que tinha assistido.
No dia seguinte chegou ao trabalho cabisbaixo, ela tinha
justificado a alteração mas ele sentia-se fragilizado, a sua primavera num
momento ficou com as flores caídas, sentou-se a preparar o serviço para o dia
que lhe seria intranquilo, sentia isso, a imagem da entrada dela no automóvel estava
sediada na cabeça o que o deixava a olhar o infinito.
Então! Está a dormir?, diz-lhe uma colega de trabalho. Ele
volta a si e pergunta-lhe: já tomou café?, não… passa-se alguma coisa você está
em baixo.
Saíram os dois para o bar habitual tomar o café da manha.
Saíram os dois para o bar habitual tomar o café da manha.
As histórias começam sempre assim.
Ele falou da sua fragilidade e ela aproveitou para também falar da dela, casados, encontraram um no outro disponibilidade para se ouvirem e assim foi durante um tempo.
Ele falou da sua fragilidade e ela aproveitou para também falar da dela, casados, encontraram um no outro disponibilidade para se ouvirem e assim foi durante um tempo.
Num dia de Outubro chuvoso, ele entrou numa dependência da
empresa e perante o telefone decidiu fazer a ligação que desejava para a
colega: Tou… não diga o meu nome, quando sair siga o passeio o meu carro está lá
à frente e tem a porta aberta, desligou.
Foi o primeiro a deixar a empresa nesse dia, correu para o
carro sentou-se e esperou que ela viesse ou não.
Olhava o retrovisor quando ela lhe surgiu quase junto ao automóvel,
abriu a porta, sentou-se ao seu lado e sorriram, ela olhou o leitor de cd e sem nada dizer carregou no play, começaram a ouvir Camilo Sexto na canção que fazia a pergunta que ela aceitou.
Um comentário:
Pois......linda história.
Beijo
Natalina
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