Embora sinta uma vontade imensurável para escrever, vou alimentando o desejo apenas pela metade.
Escrever é um atalho de tentações, reflexões e violência, amor ou indiferença, de tudo me sirvo para usar a minha quarta classe mais a assistente internet.
Descobri uma pequena loja de chá, onde entrei, um espaço com paredes forradas a papel de veludo azul índigo com relevo e de cortinas corridas até metade, de modo que os corpos dos que passavam na rua formavam uma espécie de jogo de sombras à laia balinês no tecido amarelado dos cadeirões onde me sentei, estive ali silencioso, a olhar a rua e os seus efeitos, olhos nos olhos, espectro no espectro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário