sábado, 1 de dezembro de 2018

Uma carta ridicula de amor




Olá Mariosko, quantas vezes, enquanto a vida vai acontecendo à nossa volta, não encontramos outra escolha que é nos entregarmos à solidão, tenho-me sentido assim, em que te diria tudo o que digo a mim mesma.

Hoje cheguei a casa molhada e zangada com a vida por não me mostrar outros carreiros, outras alternativas, questiono quase tudo, duvido de tudo, parece que possuo todas as certezas e nenhuma, hoje chorei imenso no wc do emprego, como se o coração me pudesse curar, estive para te telefonar, dizer-te tudo, acabei por não o fazer e regressei a casa sufocada no meu próprio silêncio, tonto e triste.

Está um frio insuportável, a obrigar a fechar com mais força qualquer coisa indefinida que existe dentro de mim, por isso te escrevo a estas horas, para ficar mais perto, o desejo de ti é insuportável, nunca me separei dos teus afectos dos teus abraços, das tuas palavras que guardo para mim absurdamente e sonho num próximo encontro em que me vais mostrar todo o amor que tens por mim, se é que me é permitida tal presunção.

Acabei de ler do Nicholas Sparks “Dei-te o melhor de mim”, também já fizeram o filme mas ainda não vi, bem, vim para a cama em lágrimas, até soluçava, que merda de cenas que este gajo faz que me deixa sempre assim.

Beijo

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais uma vez gosto do que escreveste.
Anónima esperança a tomar um chá disse...
Também eu voltei a sentir, fosses tu uma outra pessoa e eu não viria aqui com as solidariedades bem intencionadas e piedosas.
Quando vivemos experiencias afectivas, é para o bem e para o mal, aconchego e abandono vivem lado a lado e num instante tudo muda, se altera, e a noite chega doce e agreste para nos lembrar que somos todos iguais.