sábado, 17 de outubro de 2009

As cigarras

Ao som das cigarras foste o meu abraço
Os meus beijos eram da mais terna fidalguia
As palavras de amor eram sobre o nosso laço
As minhas lágrimas eram do olhar que partia.

Depois chorei com uma promessa na mão
Junto a um rio que me levou o pranto ao mar
Foi a canção das cigarras um fado de desilusão
Na ponte da água que vai, não vou voltar a chorar.

É o mar o arquivo da minha memória
Das recordações dos teus lábios rosados
Somos nós que escrevemos a história
Que fala da paixão de dois namorados.

Sabes que as estradas por onde caminho
Ladeadas de pinhais com cigarras a cantar
Levam-me sempre para o meu cantinho
Sem a promessa de que me queres amar.

Um comentário:

Nilson Barcelli disse...

Magnífico poema.
Gostei imenso, caro amigo.
Bom fim de semana.
Abraço.